A Literatura está no imaginário de Gilberto Schwartsmann, escritor, médico, bibliófilo e grande incentivador da cultura. As inspirações para a construção das histórias incluídas neste livro foram as pessoas da família, como a sua avó e a sua mãe, e o universo de sua infância.
Há uma história contada por seu pai e outras que vêm das pessoas que viviam no bairro onde nasceu, e que fazem parte do imaginário do autor. É difícil precisar o quanto de verdade há nas histórias narradas em Dibuk, pois os fatos e as fantasias se misturam e se confundem no texto.
Oscar Wilde (1854-1900) tinha toda a razão, quando escreveu o seu ensaio intitulado A decadência da mentira (1891), um pouco de fantasia, algumas pitadas de imaginação e, sobretudo, uma deslavada mentira são o barro mais útil - e paradoxalmente mais verdadeiro - para servir de alimento à literatura.
Nas dez histórias contadas pelo autor, há também revelações e descrições das dores vividas por qualquer ser humano, sempre entremeadas por momentos em que é inevitável mergulhar numa espécie de realismo mágico.