Uma jovem recebe uma mensagem suicida de seu amante, um homem mais velho e adoecido. Em retrospectiva, são revelados os passos que ela trilhou até receber a notícia. Nessa trajetória, a protagonista transita da adolescência para a fase adulta vivendo uma relação conturbada. De volta ao presente, quando investiga o suicídio, sofre uma transformação dilacerante ao descobrir que nada é o que parece.
Nessa autoficção, a autora mescla a própria realidade com passagens oníricas e explora a tendência à espera passiva, estimulada em meninas desde muito cedo, em nossa sociedade. Princesas que esperam pela salvação do príncipe encantado, adormecidas em seus caixões de vidro.
O problema é que o caixão é desconfortável e sufocante.