A obra trata, inicialmente, da dimensão humana da vida do presbítero, apresentando as dores e os sofrimentos dos ministros ordenados e as feridas narcísicas presentes no corpo presbiteral. Em seguida, enfatiza a paixão e morte como coroação de uma vida feita serviço e doação, sendo a kenosis indicada como opção radical do presbítero, e a cruz como expressão de um amor-doação, mostrando o servus servorum Dei no contexto latino-americano. Após isso, aborda a ressurreição de Jesus como razão da esperança que transforma a vida de cada presbítero, e mostra que a ascensão do Filho de Deus confirma o ministério do presbítero, animado, a partir de então, pelo Espírito do Pai e do Filho, que transforma cada presbítero em servidor e anunciador do Reino de Deus. Por fim, discorre sobre a dimensão profética e santificadora da vida ministerial, graças sempre à ação do Espírito do Senhor, pois é o Espírito que faz com que o padre diocesano busque viver a unidade no respeito à diversidade; é ele quem transforma a vida de cada um, a fim de que seja, de fato, uma vida totalmente doada e partilhada no contexto da diocesaneidade.