A PERVERSÃO, um dos conceitos mais importantes da psicanálise, ainda suscita muitas dúvidas e discussões. Questões como "os perversos são analisáveis?" ou "existem mulheres perversas?" são objeto de debate. Mais ousado ainda é aventurar-se a abordar o tema a partir da leitura que Jacques Lacan fez da obra freudiana - e é exatamente a isso que se propõe Luis Izcovich nesta obra. A partir das estruturas clínicas (que incluem também a neurose e a psicose), ele sustenta a perversão como uma entidade clínica muito bem definida que mostra uma relação particular com o desejo e a falta. É isso que permite ao analista - diferentemente do que acontece com a psiquiatria ou mesmo com o discurso social - olhar de forma clinicamente diferenciada a maneira como o sujeito trata essa falta. "O perverso não cessa de, incansavelmente, restituir ao corpo do Outro o gozo perdido", afirma o autor de A perversão e a psicanálise. "O que o perverso sabe é o que constitui a falta do Outro." Acompanhe Luis Izcovich nessa jornada audaciosa em um dos temas mais complexos e controversos da clínica psicanalítica.